Nenhum imposto é mais covarde do que um aplicado em cima do seu bem mais sagrado, sua casa, seu abrigo, a proteção da sua família. Assim é o IPTU, o Imposto Predial e Territorial Urbano. A ameaça de uma tomada do seu imóvel existe e você pode perder sua casa se não pagar para a prefeitura uma espécie de aluguel, de um bem seu. Na prática, você não é dono de nada, é como se sua propriedade privada fosse uma concessão de um bem onde o estado é o dono.
O IPTU é apenas uma das inúmeras fontes de renda de uma gestão municipal, além dele, a prefeitura arrecada através do ISS, do TFLIF, dos alvarás, da indústria da multa, da zona azul e de uma série de outras taxas que enriquecem os cofres do poder municipal. Com o excesso de dinheiro nas mãos de um prefeito, é comum que o dinheiro seja usado para pagar aluguéis extremamente caros dando finalidade escusa ao dinheiro, pagar salários extremamente altos para o alto escalão de funcionários em troca de acordos políticos.
Com o dinheiro geralmente arrecadado em uma cidade de porte médio como Itaquaquecetuba, que tem previsão de arrecadação de quase 900 milhões de reais para 2020, seria possível uma revolução em termos de infraestrutura, saúde, segurança e educação, mas na prática o que se vê é o aumento desenfreado da corrupção, da dívida pública e do sucateamento total de todas as responsabilidades da gestão da cidade, que sofre, por exemplo, todos os anos submersa em meio ao esgoto das enchentes.
O imposto sobre a propriedade privada mais sagrada de uma família, falando em termos éticos, jamais deveria existir, no entanto, ele é previsto na Constituição Federal no art. 156, inciso I, praticamente impossível de ser extinto, ainda mais, sem uma pressão popular que gere uma demanda política significativa.
A obrigação de qualquer pessoa que leve a sério o que é correto e justo, é lutar pelo menos, pela sua total diminuição e essa deveria ser uma das maiores preocupações de um vereador eleitor.
